sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Nós perguntámos, ele respondeu...




Luís Corredoura, autor dos livros, Lusitano Fado e Nome de Código Portograal, aceitou prontamente o nosso desafio, respondendo a algumas perguntas, com a simpatia e disponibilidade de sempre...

 
Ora vejam:
 
Qual é o primeiro livro que te recordas de ler?

Recordo-me ter cerca de quatro anos e de folhear em casa dos meus avós um dicionário enciclopédico, edição de 1909, assim como as biografias romanceadas de personagens da nossa História, escritas pelo Mário Domingues...
O primeiro romance de "peso" que li na minha infância/juventude foi o "Ben-Hur", do Lewis Wallace, muito antes de ver a mais conhecida adaptação cinematográfica do mesmo.

Quando é que te apaixonaste pela escrita?
Desde que me lembro de escrever, quando desenhei as primeiras letras, isto com três/quatro anos. 
 
Com que idade escreveste o teu primeiro livro?
O primeiro... Bom, o primeiro romance foi terminado quando tinha 26 anos. Está guardado numa gaveta à espera de ser revisitado.
Qual o teu lugar favorito para escrever?
Qualquer um onde possa estar minimamente concentrado e que seja "ecologicamente aceitável". No entanto, dou preferência ao meu "canto", onde me encontro rodeado pelos seus fiéis "compagnons de route", os meus livros.
Lançaste recentemente o livro "Lusitano Fado", dá-nos três boas razões para ler o teu livro?´
Só três?! Bom, para quem demonstra algum interesse pelo o que realmente sucedeu nos últimos quarenta anos em Portugal, nomeadamente em termos políticos, essa acaba por ser uma das principais razões. Outras poderão ser certos segredos e intrigas que estão relacionados com a própria União Europeia, as suas instituições, os conciliábulos e as chamadas "entidades pardas" que desde sempre, tanto aqui, neste "jardim à beira-mar plantado", como nos restantes países ocidentais, têm dominado e gerido os seus interesses a bel-prazer, sobrepondo sem qualquer pejo os mesmos às necessidades da população.
Pelo meio, há umas certas ligações com algumas personagens do "Nome de Código Portograal", concretamente aquilo que os nazis exilados em alguns países da América Latina trataram de fazer para poder regressar à Europa sem que a Justiça os perseguisse pelas atrocidades cometidas durante a II Guerra Mundial.
Depois... bem, depois há uma história de amor, de amizade, de sacrifício, de intriga política. Creio que o resultado final de tudo isto acabou por ser simpático.
Quais são os projetos para o futuro?
Muitos! Mas, como dizia Camões, "se não fora para tão longo amor tão curta a vida", tento, por vezes, de um modo quase compulsivo, dar resposta a algo que acaba por ser em mim uma necessidade fisiológica tão natural como respirar e comer.
Por ora, na gaveta e entre outros "manuscritos", está uma sequela do "Nome de Código Portograal" e um romance que relata o que sucedeu em meados dos anos 60 do transacto século, quando alguns milhares de operários das fábricas de transformação de pedra da região de Lisboa se revoltaram contra o regime de Salazar, exigindo aumentos salariais e melhores condições laborais, obrigando o governo a empregar grandes meios para conter o que soou então como uma verdadeira revolta popular.
Vamos ver o que o destino lhes reserva, se se atrevem a ver a luz do dia ou se ficam a fazer companhia ao meu "primogénito".

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