sexta-feira, 29 de julho de 2016

O LIVRO «ARQUIPÉLAGO» DE JOEL NETO DÁ NOME A UNIDADE DE TURISMO LOCAL NA ILHA TERCEIRA


Um empresário da ilha Terceira, nos Açores, decidiu baptizar uma nova unidade de turismo local com o nome Casa do “Arquipélago”, em homenagem ao romance homónimo de Joel Neto. A unidade abre ao público esta segunda-feira, 1 de Agosto, e proporciona dois quartos sobre o mar, com piscina privada e estonteante vista para o Monte Brasil, geografia recorrente do romance (Marcador, 2015).

“Os Açores sempre foram uma terra de grande literatura, mas há muitos anos que não saía destas ilhas um livro com a importância de 'Arquipélago'. Voltámos a ocupar um espaço central a nível nacional, e eu achei que seria justo prestar-se-lhe esta singela homenagem”, justifica Carlos Meneses, o fundador.

“Acresce que, enquanto co-proprietário da Tabacaria Angra, a rede de lojas que mais exemplares vendeu em todos os Açores, acabei por tornar-me muito íntimo do livro. Todos os dias o desempacotei, expus, aconselhei aos leitores, manuseei. De alguma maneira, sinto que ele não é só do Joel Neto, mas também é meu, como é de todos os açorianos. Portanto, esta Casa do ‘Arquipélago’ não é apenas uma casa de literatura, mas é também uma casa de afectos.”

As obras de remodelação do edifício decorreram ao longo da Primavera e a inauguração contou com a presença do escritor, que se disse “honrado e comovido” com o tributo.

Lançado em Maio de 2015, “Arquipélago” conta a história de um professor universitário que regressa aos Açores em busca de uma civilização perdida e acaba por reencontrar-se a si próprio. Chegou à quarta edição ao fim de outros tantos meses e mereceu amplo elogio da crítica e dos pares. “Quando começamos, não conseguimos largar. Uma verdadeira epopeia”, disse Alice Vieira. “Excepcional. Obras de tão superior qualidade como este ‘Arquipélago’ não acontecem todos os dias. Nem todos os anos. Notável”, resumiu João de Melo.

Nascido e criado na freguesia da Terra Chã, Angra do Heroísmo (Ilha Terceira), Joel Neto viveu 20 anos em Lisboa e trabalhou como jornalista nos mais variados jornais e revistas portugueses. Mantém-se como cronista nos jornais “Diário de Notícias” e “O Jogo” e, nos últimos 15 anos, editou mais de uma dezena de livros. “A Vida no Campo”, também com chancela Marcador (2016), é o seu mais recente título.



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