Tradução de João
Tordo
Um jovem decide
deixar a casa da sua infância, o irmão autista, o pai octogenário e as
paisagens familiares de campos de lava cobertos de musgo, em busca de um futuro
desconhecido.
Pouco antes da
sua partida recebe um terrível telefonema: a mãe falecera num acidente de
carro. As suas últimas palavras tinham sido de doce conselho ao filho,
incitando-o a continuar o trabalho que partilhavam na estufa, mais
especificamente o cultivo de uma variedade de rosa rara, a Rosa Candida.
Antes da morte
da mãe, naquela mesma estufa, vivera um breve encontro de amor. Foi quando já
preparava a sua partida que soube que, nessa noite, concebera inocentemente uma
criança.Atordoado com todos estes súbitos acontecimentos, procura refúgio, recolhendo-se num majestoso jardim abandonado de um antigo mosteiro europeu.
É aí que se vai
dedicar a fazer florescer aquela rosa rara de oito pétalas. Ao concentrar a sua
energia no seu cultivo, aprende também, sem dar por isso, a cultivar o amor.
«O que esta
história de grande beleza afirma é que temos mais medo que o razoável e que
isso nos faz retroceder até cairmos numa tristeza infundada.»
Le Nouvel
Observateur
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