sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

#Um Dia Com... Samuel Pimenta

Depois de Sofia Serrano e Joel Neto.... Samuel Pimenta é o nosso autor de dezembro da rubrica #UmdiaCom



Vivo em Alcanhões, vila do concelho de Santarém. Gosto de acordar cedo para aproveitar o dia e as minhas manhãs nunca são iguais. Se estiver a chover, fico por casa. Há sempre que fazer em casa... Quando está bom tempo, ou vou caminhar ou andar de bicicleta. Prefiro andar de bicicleta, confesso. O vento a bater-me na cara faz-me sentir livre. Poder escutar os sons da manhã - os tractores nas hortas, os pássaros nas árvores e a água das fontes - e olhar em volta e ver o verde das pastagens, as vinhas, os cavalos, as ovelhas e, por vezes, os touros, lembra-me de que o ritmo da Terra é diferente do ritmo dos humanos. Pacifica-me. Depois há a Serra D'Aire e Candeeiros ao longe, que não me canso de contemplar. De alguma forma, este primeiro momento do dia serve de meditação e aproveito, também, para organizar ideias para os livros.





Foto 2 - Depois de voltar a casa, dedico parte da manhã à gestão das minhas redes sociais - a responder a mensagens, comentários, organizar publicações -, e também ao meu email. É muito importante manter tudo actualizado e gosto muito de comunicar com os meus leitores. Aproveito, também, para ler notícias, enquanto ouço alguma música. A música é presença constante no meu dia.



Foto 3 - Ler. Ler muito. Sempre que estou a preparar a escrita de um livro novo, há uma infinidade de livros para ler, seja para recolher informação ou como mera inspiração. Agora preparo-me para começar a ler «Os Fracos São os Que Sofrem Mais?», de Yanis Varoufakis. Mas já tenho muitos em fila de espera, e outros que nem aparecem na foto. Dedico algum tempo da manhã para ler. E ver filmes, documentários... O Cinema é outra grande inspiração para a minha escrita.



Foto 4 - Escrever é, por norma, um acto solitário. Pessoalmente, prefiro escrever quando estou sozinho em casa. Mas já há um ano que tenho sempre comigo um membro da família que faz questão de não me deixar sozinho. E de me interromper quando estou sentado ao computador ou no sofá, saltando para o meu colo, querendo acrescentar algum neologismo ao livro, como «jhbfhusadgfihyus», ou apenas miando para eu lhe dar atenção. Há dias em que fica muito quieta, enroscada no meu colo, deixando-me trabalhar. É a Pítia. E é a única que conhece o meu processo de escrita tão bem quanto eu. Isto quando não está a dormir, indiferente ao que estou a fazer.




Foto 5 - Frequentemente, faço pausas na escrita para ir à janela. Quando o pôr-do-sol se aproxima, a pausa é um pouco mais demorada. O pôr-do-sol é a minha hora preferida. Tenho a sorte de ter uma varanda virada para Oeste, da qual vejo a Serra do Montejunto. No Outono e no Inverno, é lá que o Sol desaparece. E eu gosto de assistir a esse movimento celeste antes de retomar a escrita pela noite dentro. Para escrever, há que viver. E se essa vida tiver magia, tanto melhor.



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